Contas de criadores de conteúdo e de marcas são os alvos preferidos de criminosos digitais. Saiba como se proteger dos ataques deles e manter suas mídias a salvo.
Frequentemente lemos notícias sobre influenciadores e marcas que tiveram suas contas nas mídias sociais invadidas por hackers. Às vezes é apenas uma questão de descuido, mas existem casos de golpes muito bem elaborados para roubar as informações e, consequentemente, os canais de pessoas e empresas. O objetivo final dos grupos que organizam esses ataques são os mais diversos possíveis: desde pagamento de resgate, até ações de protesto ou vingança. Mas então, o que fazer para proteger sua conta ou a conta da sua empresa das ações dos hackers? Neste post, listamos 5 medidas básicas, porém fundamentais, para manter suas informações em segurança. Confira.
Como proteger as suas mídias sociais do ataque de hackers?
Como já disse, as medidas de proteção são básicas, mas fazem toda a diferença na hora de assegurar a sua conta. Muitas delas se aplicam a todas as plataformas, mas algumas dicas serão especialmente direcionadas a sites específicos. Preste bastante atenção para colocar tudo em prática assim que terminar de ler este post.
1) Antivírus sempre ativado e atualizado
Essa dica serve tanto para o uso das mídias sociais no computador quanto no celular. Jamais desative o seu antivírus, principalmente se este tiver sido o pedido contido em um e-mail ou link desconhecido. A maior parte das tentativas de roubo de contas é feita pelo envio de links ou arquivos com vírus. Nesses casos, ter uma proteção instalada é fundamental para identificar que existe algo errado, antes mesmo de clicar na mensagem ou de carregar uma página na web.
2) Ative a verificação em duas etapas
Atualmente a maior parte das plataformas sociais possui a função de verificação de segurança em duas etapas. Ela é acionada toda vez que uma tentativa de login é realizada em um dispositivo desconhecido – ou seja, no qual a sua conta nunca tenha sido logada antes – e, geralmente, é feita com o envio de um código de segurança ou PIN para um telefone e e-mail previamente cadastrado. Isso dificulta o acesso de alguém que tenha roubado seu login e senha.
Aqui vale uma dica bônus: nunca envie o seu código de segurança ou PIN a ninguém, mesmo que a pessoa diga ser de um veículo/empresa confiável ou da própria mídia social que você está acessando. Ao enviar o seu código para outra pessoa, você permite que ela passe idoneamente pela verificação em duas etapas e consiga roubar a sua conta. Nenhuma empresa pode pedir este tipo de informação a você, nem mesmo o Facebook, o Instagram, o Twitter, o YouTube e o TikTok. Desconfie de qualquer pessoa que te peça ou exija isso, ok?
3) Preste atenção aos e-mails que você recebe
Existem inúmeras formas de roubar dados de pessoas por meio de e-mails. Mas é bem verdade que os hackers tem sido cada vez mais audaciosos. É fundamental prestar muita atenção na hora de abrir, ler e responder e-mails, principalmente aqueles que chegam em língua estrangeira.
Em primeiro lugar: verifique os domínios dos e-mails que você recebe. No caso de e-mails que venham das plataformas de mídias sociais, só abra aqueles que tenham o domínio idêntico ao site. Por exemplo: se o e-mail diz ser vindo do youtube, o final dele deve ser exatamente “@youtube.com”. Qualquer coisa diferente disso é uma tentativa de golpe e você deve apagar sem clicar em nada. O mesmo vale para e-mails vindos de empresas. Cheque sempre o remetente para saber se é uma mensagem idônea ou falsa.
Em segundo lugar: não é possível comprar o selo de verificado em nenhuma mídia social. Este é o tipo de mensagem que mais faz as pessoas, principalmente creators, caírem em golpes e entregarem não apenas dinheiro, mas também todas as suas informações de login e senha.
Em terceiro lugar: jamais clique em links que venham de procedência duvidosa, que não sejam claros ou que tenham vindo acompanhados de informações que você não tenha checado previamente. Por mais tentador que seja, lembre-se que eles podem significar ter as suas mídias roubadas. Se o seu antivírus bloquear a página, aí mesmo é que você deve desconfiar de que algo está muito errado.
4) Troque de senha com regularidade e mantenha-se logado apenas no dispositivo que estiver usando
É muito mais cômodo ter uma senha única para todas as mídias sociais e, mais ainda, ter suas informações salvas ou permanentemente conectadas em todos os lugares que você costuma acessar, mas a verdade é que isso te deixa mais vulnerável. Ao se manter logado em apenas um dispositivo por vez, você garante que qualquer outro acesso feito em outros locais não tenha sido realizado por você. Além disso, caso os outros dispositivos sofram ataque pelo descuido de outras pessoas, você seguirá com as suas informações a salvo.
Trocar de senha periodicamente – e fugindo de combinações óbvias – é um bom hábito. Isso porque é comum que façamos login em dispositivos diferentes, ou mesmo acabemos compartilhando nossa senha com pessoas que nos ajudem a gerenciar nossas mídias. Assim, ao alterar sua senha regularmente você assegura que apenas você – ou o menor número de pessoas possível – tenha acesso à sua conta.
5) Permissões de aplicativos e sites terceiros
Sim, é muito mais fácil fazer login em sites e aplicativos autorizando que eles recebam informações das nossas contas em mídias sociais, mas esta também é uma das formas mais comuns de hackear alguém. Ao conceder a autorização para tais apps, você abre uma porta para que a sua conta seja roubada sem que sequer dê para perceber. Por isso, apenas conceda acesso a sites e aplicativos nos quais você confia e que já verificou previamente a procedência. Se estiver na dúvida, é melhor não arriscar.
Conclusão
Informação é a moeda mais preciosa na atualidade. Se esta informação vem atrelada a um alto número de seguidores e de informações sobre estes seguidores, ela ganha ainda mais valor. Por isso, prezar pela segurança da sua conta é tão fundamental quando prezar pelo seu conteúdo ou pelo engajamento com o público, por exemplo. Lembre-se sempre: o prejuízo de perder uma conta ou de precisar recorrer às plataformas, à polícia ou até mesmo a um resgate é muito maior do que investir um tempinho a mais na checagem de links, informações e pessoas.