15/06/2020 Heloisa Castro

A polêmica dos Recebidos

A Polêmica dos recebidos - grupo epic

Prática muito comum dentro do marketing de influência, o envio de presskits para influenciadores em troca de divulgação é tema polêmico no mercado. Mas afinal, quais os benefícios e prejuízos dos “recebidos” para criadores de conteúdo e empresas?

Quem não gosta de ganhar presentes? Qual o influenciador digital não quer ser notado pelas marcas que consome e admira? Podemos dizer que foi baseado nessas duas premissas que instituiu-se a prática do envio de “recebidos”. Mas porque este assunto é tão discutido? O que está em pauta na polêmica dos recebidos?

Os recebidos nada mais são do que presskits enviados pelas marcas para criadores de conteúdo na internet, com presentes, produtos, serviços, brindes, vouchers promocionais e até mesmo cupons de desconto para o influenciador disponibilizar para a sua audiência.

A Polêmica dos recebidos - grupo epic
Parece bom, não é? Então por que existe uma polêmica entorno deste assunto?

Quando um influenciador mostra um recebido nas suas mídias sociais, sem ser pago por isso, está fazendo propaganda de graça ou por permuta, ainda que não tenha total consciência disso. Há algum tempo atrás houve uma movimentação de criadores de conteúdo contra essa prática, porque muitas marcas estavam deixando de fechar jobs e campanhas para investir apenas no envio de presskits para influenciadores – o que é muito mais barato para a empresa.

A discussão é justamente se influenciadores devem ou não mostrar os recebidos em suas mídias, sabendo que esta prática pode ser nociva ao mercado do marketing de influência e ao seu próprio trabalho enquanto criador de conteúdo, mas que também pode significar uma possibilidade de aproximação com uma marca ou mesmo de visibilidade junto à própria audiência.

Será que é uma prática benéfica para as empresas?

Com certeza enviar centenas de presskits para um mailing de influenciadores digitais vai custar menos para uma empresa do que fechar uma campanha paga com a mesma quantidade de creators. Contudo, isso não significa que a empresa terá resultados melhores.

O primeiro ponto é que os influenciadores que receberem os presskits não são obrigados a mostrá-los para a audiência, ao contrário de uma campanha patrocinada, na qual eles precisam cumprir com um contrato. O segundo ponto é que a empresa não tem nenhum tipo de controle sobre o que o influenciador dirá ao público, pois não pode exigir que ele siga um briefing pré acordado de conteúdo, muito menos solicitar aprovação antes da realização da postagem. O terceiro ponto é que a empresa também não pode exigir as métricas do influenciador para analisar os resultados obtidos com a ação, já que ele não possui nenhuma obrigação contratual para com a marca.

No final das contas, se você não tem como controlar a ação e nem medir os resultados dela, como poderá saber se foi um bom investimento de marketing? O barato pode sair bem caro.

Mas e os influenciadores? É errado mostrar os recebidos?

Existem influenciadores que não mostram presskits a menos que as empresas tenham fechado uma ação para isso. Outros, mostram os recebidos superficialmente, sem dar muitos detalhes. Há ainda aqueles que mostram tudo o que recebem, sem se importar com terem sido pagos para isso ou não. São visões diferentes e não necessariamente guiadas por um pensamento estratégico, que culminam em tomadas de decisão que impactam na produção de conteúdo nas mídias dos influenciadores.

O ideal é que, antes de mostrar qualquer tipo de recebido, o creator avalie se aquilo pode prejudicar ou beneficiar concretamente a relação dele com a empresa em questão. Outro ponto que precisa ser analisado é se a audiência se interessa por esse tipo de conteúdo e, principalmente, se o produto ou serviço tem ligação com ela. Outras questões como o tamanho da empresa, responsabilidade social e relacionamento também devem pesar na decisão de mostrar ou não um recebido nas mídias. Por fim, é necessário um olhar mais estratégico e menos empolgado por parte dos influenciadores, pois o trabalho deles depende, grande parte, do patrocínio de marcas e da participação em campanhas publicitárias.

E você? Qual a sua opinião sobre os recebidos? Conta para a gente nos comentários.

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Heloisa Castro

Head de Influenciadores do Grupo EPIC, especialista em Mídias Sociais e Nerd em tempo integral

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